sexta-feira, 23 de março de 2012

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Nota mais alta não é educação melhor

Escrito por Assessoria de Imprensa - SINTEPE

Qua, 11 de Agosto de 2010 16:37

Uma das principais defensoras da reforma educacional americana - baseada em metas, testes padronizados, responsabilização do professor pelo desempenho do aluno e fechamento de escolas mal avaliadas - mudou de ideia.

Após 20 anos defendendo um modelo que serviu de inspiração para outros países, entre eles o Brasil, Diane Ravitch diz que, em vez de melhorar a educação, o sistema em vigor nos Estados Unidos está formando apenas alunos treinados para fazer uma avaliação. Secretária-adjunta de Educação e conselheira do secretário de Educação na administração de George Bush, Diane foi indicada pelo ex-presidente Bill Clinton para assumir o National Assessment Governing Board, instituto responsável pelos testes federais. Ajudou a implementar os programas No Child Left Behind e Accountability, que tinham como proposta usar práticas corporativas, baseadas em medição e mérito, para melhorar a educação.

Suas revisão de conceitos foi apresentada no livro The Death and Life of the Great American School System (a morte e a vida do grande sistema escolar americano), lançado no mês passado nos EUA. O livro, sem previsão de edição no Brasil, tem provocado intensos debates entre especialistas e gestores americanos. Leia entrevista concedida por Diane ao Estado.

Por que a senhora mudou de ideia sobre a reforma educacional americana?

Eu apoiei as avaliações, o sistema de accountability (responsabilização de professores e gestores pelo desempenho dos estudantes) e o programa de escolha por muitos anos, mas as evidências acumuladas nesse período sobre os efeitos de todas essas políticas me fizeram repensar. Não podia mais continuar apoiando essas abordagens. O ensino não melhorou e identificamos apenas muitas fraudes no processo.

Em sua opinião, o que deu errado com os programas No Child Left Behind e Accountability?

O No Child Left Behind não funcionou por muitos motivos. Primeiro, porque ele estabeleceu um objetivo utópico de ter 100% dos estudantes com proficiência até 2014. Qualquer professor poderia dizer que isso não aconteceria - e não aconteceu. Segundo, os Estados acabaram diminuindo suas exigências e rebaixando seus padrões para tentar atingir esse objetivo utópico. O terceiro ponto é que escolas estão sendo fechadas porque não atingiram a meta. Então, a legislação estava errada, porque apostou numa estratégia de avaliações e responsabilização, que levou a alguns tipos de trapaças, manobras para driblar o sistema e outros tipos de esforços duvidosos para alcançar um objetivo que jamais seria atingido. Isso também levou a uma redução do currículo, associado a recompensas e punições em avaliações de habilidades básicas em leitura e matemática. No fim, essa mistura resultou numa lei ruim, porque pune escolas, diretores e professores que não atingem as pontuações mínimas.

Qual é o papel das avaliações na educação? Em que elas contribuem? Quais são as limitações?

Avaliações padronizadas dão uma fotografia instantânea do desempenho. Elas são úteis como informação, mas não devem ser usadas para recompensas e punições, porque, quando as metas são altas, educadores vão encontrar um jeito de aumentar artificialmente as pontuações. Muitos vão passar horas preparando seus alunos para responderem a esses testes, e os alunos não vão aprender os conteúdos exigidos nas disciplinas, eles vão apenas aprender a fazer essas avaliações. Testes devem ser usados com sabedoria, apenas para dar um retrato da educação, para dar uma informação. Qualquer medição fica corrompida quando se envolve outras coisas num teste.

Na sua avaliação, professores também devem ser avaliados?

Professores devem ser testados quando ingressam na carreira, para o gestor saber se ele tem as habilidades e os conhecimentos necessários para ensinar o que deverá ensinar. Eles também devem ser periodicamente avaliados por seus supervisores para garantir que estão fazendo seu trabalho.

E o que ajudaria a melhorar a qualidade dos professores?

Isso depende do tipo de professor. Escolas precisam de administradores experientes, que sejam professores também, mais qualificados. Esses profissionais devem ajudar professores com mais dificuldades.

Com base nos resultados da política educacional americana, o que realmente ajuda a melhorar a educação?

As melhores escolas têm alunos que nasceram em famílias que apoiam e estimulam a educação. Isso já ajuda muito a escola e o estudante. Toda escola precisa de um currículo muito sólido, bastante definido, em todas as disciplinas ensinadas, leitura, matemática, ciências, história, artes. Sem essa ênfase em um currículo básico e bem estruturado, todo o resto vai se resumir a desenvolver habilidades para realizar testes. Qualquer ênfase exagerada em processos de responsabilização é danosa para a educação. Isso leva apenas a um esforço grande em ensinar a responder testes, a diminuir as exigências e outras maneiras de melhorar a nota dos estudantes sem, necessariamente, melhorar a educação.

O que se pode aprender da reforma educacional americana?

A reforma americana continua na direção errada. A administração do presidente Obama continua aceitando a abordagem punitiva que começamos no governo Bush. Privatizações de escolas afetam negativamente o sistema público de ensino, com poucos avanços de maneira geral. E a responsabilização dos professores está sendo usada de maneira a destruí-los.

Quais são os conceitos que devem ser mantidos e quais devem ser revistos?

A lição mais importante que podemos tirar do que foi feito nos Estados Unidos é que o foco deve ser sempre em melhorar a educação e não simplesmente aumentar as pontuações nas provas de avaliação. Ficou claro para nós que elas não são necessariamente a mesma coisa. Precisamos de jovens que estudaram história, ciência, geografia, matemática, leitura, mas o que estamos formando é uma geração que aprendeu a responder testes de múltipla escolha. Para ter uma boa educação, precisamos saber o que é uma boa educação. E é muito mais que saber fazer uma prova. Precisamos nos preocupar com as necessidades dos estudantes, para que eles aproveitem a educação.

Quem é

É pesquisadora de educação da Universidade de Nova York. Autora de vários livros sobre sistemas educacionais, foi secretária-adjunta de Educação e conselheira do secretário de Educação entre 1991 e 1993, durante o governo de George Bush. Foi indicada pelo ex-presidente Bill Clinton para o National Assessment Governing Board, órgão responsável pela aplicação dos testes educacionais americanos. (Estado de S. Paulo)

Diane Ravitch, ex-secretária-adjunta de Educação dos EUA

Última atualização ( Qua, 11 de Agosto de 2010 16:39 )

Ampla adesão de Pernambuco à Greve Nacional

Ampla adesão de Pernambuco à Greve Nacional

Escrito por Assessoria de Imprensa

Seg, 19 de Março de 2012 13:46

Coluna publicada nos jornais nos dias 18 e 19 de março de 2012.

O Governo de Pernambuco tenta passar para o povo pernambucano que não havia necessidade dos trabalhadores em educação do Estado aderirem à greve nacional. O governo alegou que o projeto de Lei assegurando o pagamento do valor de R$ 1.451 para um Professor com formação em nível médio, com 40 horas aula por semana, já foi enviado à Assembleia Legislativa.


Um Professor com nível superior (Licenciatura Plena), em início de carreira, a partir de março receberá uma remuneração total de R$ 1.524,53, para uma jornada de 40 horas aula por semana. Mesmo com o reajuste de 22,22%, o Professor entra no sexto ano de Governo Eduardo Campos, na situação vergonhosa de receber o pior salário do País.


Pois bem, mesmo com 16 Estados ainda não cumprindo o valor de R$ 1.451, como vencimento base inicial na carreira do Professor, somos o pior salário do Brasil. O segundo pior salário é o do Rio Grande do Sul, que ainda não concedeu o reajuste do Piso, mesmo assim, paga mais que o nosso Estado.


Aproximadamente 85% das escolas de Pernambuco aderiram à greve nacional, razão para a atitude autoritária e arbitrária do governo do Estado que ameaça cortar o ponto dos grevistas. Assumimos o compromisso com os nossos estudantes de garantir a reposição dos conteúdos previstos para serem ministrados no período da greve nacional, garantindo assim o cumprimento das 800 horas anuais mínimas, estabelecidas na Lei de Diretrizes Nacional da Educação (LDB - Lei Federal nº 9.394/96).


Se o governo estadual concretizar a ameaça vai afetar diretamente os estudantes. O SINTEPE não aceitará que o governo negue aos nossos estudantes o direito às 800 horas em 2012. Portanto, se preciso for, ingressaremos com uma representação no Ministério Público de Pernambuco para garantir o direito dos estudantes e evitar o corte de ponto, só assim teremos condições de combinar com os estudantes a melhor maneira de repor as aulas do período dos dias da GREVE NACIONAL.


Parabéns Companheiros e Companheiras. A maciça adesão à greve nacional mostra o compromisso da nossa profissão com o direito humano e universal do cidadão e da cidadã à educação, além de fortalecer as entidades representativas da categoria. Vamos continuar firmes na luta, a campanha salarial educacional está só começando, vamos precisar de cada um e de cada uma em mais essa etapa da construção de um País decente, com qualidade social da educação para todos e todas.


Última atualização ( Seg, 19 de Março de 2012 13:49 )

quinta-feira, 22 de março de 2012

Link para Moção de Repúdio ao Gov. do RS Tarso Genro

http://www.cnte.org.br/index.php/comunicação/cnte-informa/439-cnte-informa-612-07-de-marco-de-2012/9796-mocao-de-repudio-ao-governador-do-rio-grande-do-sul-tarso-genro

NOSSOS CONTATOS


N O S S O S   C O N T A T O S


ARANTES GOMES - Coordenador Geral
    Email: arantescoerencia@hotmail.com    
Celular: (81) 9663 8864
EDVALDO LIMA - Coordenador de Relações Municipais
            Email: enlima33@gmail.com
          Celulares: (81) 8756 1526 (Oi) e 9885 3125 (Tim)

IRENE LIMA - Coordenadora de Secretaria e Finanças
Celular: (81) 8577 7968








quarta-feira, 21 de março de 2012

(NOVO!) Prestação de Contas


Estamos preparando a prestação de contas,
financeira e do trabalho sindical, 
do 1º. Trimestre de 2012.

AGUARDE PUBLICAÇÃO EM BREVE!!!

(NOVO!) Carta aberta da Regional denunciando os baixos salários

S I N T E P E  –  N Ú C L E O   R E G I O N A L   D A   M A T A   S U L


CARTA ABERTA À SOCIEDADE DA REGIÃO MATA SUL

          Quando candidato ao governo de Pernambuco para o seu primeiro mandato, Eduardo Campos conquistou credibilidade e respeito dos professores e professoras pernambucanos/nas tecendo fortes críticas ao governador da época, Jarbas Vasconcelos, porque o mesmo pagava o PIOR SALÁRIO DE PROFESSOR DO BRASIL, afirmando ser prioridade do seu governo acabar com essa vergonha, tendo em vista ser Pernambuco a segunda economia do nordeste. Eduardo Campos venceu aquelas eleições, está no seu segundo mandato e, contrariando seus discursos da campanha eleitoral do 1º mandato, continua pagando, até hoje, o PIOR SALÁRIO DE PROFESSOR DO BRASIL.

          Como se não bastasse ser LÍDER NACIONAL EM BAIXOS SALÁRIOS PARA PROFESSOR, Eduardo Campos diminuiu os percentuais do PCCV e a diferença entre os professores com nível médio e nível superior BAIXOU de 37% para apenas 5% (hoje, mesmo com o reajuste federal de 22,22%, essa diferença é de apenas R$ 73,00) tornando o tão esperado Piso Salarial Federal uma verdadeira PISADA nos professores e professoras pernambucanos/nas com nível superior.

          Continuando com sua POLÍTICA PERVERSA DE DESVALORIZAÇÃO dos professores e professoras pernambucanos/nas, Eduardo Campos, antes que o STF (Supremo Tribunal Federal) desse seu parecer a nosso favor, afirmando que o valor do Piso Salarial era livre de todas as gratificações, o atual governo acaba com os 60% de gratificação pelo exercício do magistério (que nós já levávamos para a aposentadoria) e com os nossos quinquênios, sacramentando de vez nossa condição de PIOR SALÁRIO DE PROFESSOR DO BRASIL.

          Diante dessa situação salarial precária, sem vislumbrar melhorias e por haver o atual governo deixado de cumprir com promessas de campanha, além de apresentar para a sociedade uma fantasiosa situação salarial, que nem de longe respeita seus professores e professoras, o SINTEPE – NÚCLEO REGIONAL DA MATA SUL apresenta à sociedade desta região algumas justificativas para a nossa adesão à Greve Nacional da Educação.

Palmares, 14 de março de 2012.

(NOVO!) Link para a Carta aberta da CNTE

http://www.cnte.org.br/index.php/comunicação/cnte-informa/439-cnte-informa-612-07-de-marco-de-2012/9797-cnte-divulga-carta-aberta-a-sociedade

Link para Tabela comparativa dos salários dos estados

http://www.cnte.org.br/index.php/comunicação/noticias/9830-cnte-divulga-tabela-de-salarios-do-magisterio-nos-estados

(NOVO!)Link (com fotos) para Palestra de Teresa Leitão em Palmares dia 19/03/12

http://www.sintepe.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2342:palmares&catid=49:nucleo-regional&Itemid=63

(NOVO!)Link (com fotos) para Ato Público em Palmares dia 15/03/12

http://www.sintepe.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2331:diretores-do-sintepe-marcam-presenca-em-ato-publico-em-palmares&catid=48:nucleo-municipal&Itemid=62